domingo, 22 de dezembro de 2024

INSTITUTO SABEDORIA DIVINA: GOTAS DE SABEDORIA

INSTITUTO SABEDORIA DIVINA: GOTAS DE SABEDORIA: " QUEM BUSCA SUA PRÓPRIA VONTADE ACIMA DE TUDO E DE TODOS É SEMELHANTE AO ESCORPIÃO NAS COSTAS DO SAPO, SUA PICADA PODE MATAR OS DO...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

pakistan

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sete PASSOS PARA NÃO REALIZAR OS SONHOS


Sete PASSOS PARA NÃO REALIZAR OS SONHOS



                                                   I  Passo:
                                             COMO DISMO (MT. 25:24)

Essa palavra é muito pertinente para o contexto desse livro, pois, de certa forma menciona toda falta de perspectiva  de um indivíduo.
 Comodismo pode ter  um sentido muito amplo, como por exemplo, podendo ser confundida com conforto, estabilidade e etc.
Quando nos acomodamos com alguma coisa, alguma situação ou com o comportamento de alguém, a tendência é não termos iniciativa  em favor ou contra  a mudança desse tipo de infortúnio. Somos logo impelidos à aceitação de que aquilo ou aquela pessoa, não fazem a menor diferença em nossa vida.
Se você observar vai ver que muitas pessoas ao seu lado tem esse tipo de comportamento, onde, já se acostumaram com algumas situações em suas vidas, que você como observador, faria diferentemente delas. Ou seja, essas pessoas já perderam a expectativa de mudança, sendo ela qualquer que seja.
Uma pessoa sem perspectiva jamais terá se quer um projeto de vida, jamais galgará posições em sua vida profissional e consequentemente, jamais terá conquistas. Sem meias palavras, será um zero à esquerda.
Saiba que o zero à esquerda é um numero menor que ele mesmo, sendo um número negativo, portanto, quando usamos essa expressão, estamos dizendo: “fulano não tem produtividade alguma”. Quero lembra-los  porem, que existem situações adversas que nos levam a momentos de profunda indiferença  com a vida, no entanto, são em momentos assim, que percebemos se somos capazes de produzir ou não.
A maioria das pessoas se acomoda por diversos motivos; uns porque acham que já lutou o suficiente na vida  e nada conquistou e por isso, param de continuar no páreo e acabam se acomodando com esse conceito; outras , por terem conseguido o mínimo de sucesso em qualquer área , desprezam outras conquistas mais relevantes para suas vidas, e ainda há aquelas que nunca tentou nada  e convictamente não querem nem tentar. Essas são situações tão caricatas que parece um absurdo acreditar que elas existam, mas é a pura realidade!
Talvez para a maioria, sair da “zona de conforto” para obter algum tipo de conquista é muito trabalhoso e árduo. Precisa abster-se de alguns “privilégios” que outrora atrapalhariam a nova conquista.
O comodismo é como aquele falso  amigo, você confia nele , e o mesmo fala mal de você .isso acontece porque, ao pensarmos  que tudo esta bem, na verdade não está. Pois para o acomodado todo “esforço é desperdício de tempo”!
Ainda, o acomodado vive sempre em situação vexatória, vergonhosa e por in crível que possa parecer incômoda entre seu convívio interpessoal.
Vamos tomar aqui o exemplo do servo inútil  contado no texto de Mateus capitulo 25 e o verso 24, onde relata  que foi-lhe entregue um talento e esse o  enterrou, e qual não foi a surpresa de seu senhor quando veio tomar satisfação do talento entregue a seu servo! Ele lhe havia entregado para que granjeasse ao menos mais  um  talento, mas ao enterrá-lo provocou a ira em seu senhor e esse o humilhou fazendo-o passar por vexame perante os outros conservos .Portanto, o comodismo pode trazer consequências desastrosas de diversas maneiras, sendo elas com a família, o cônjuge, o filho e etc.
Você leitor, tente se lembrar de alguém ai que você talvez conheça vivendo sob essas circunstancias acima citadas e vai perceber a problemática na vida dessa pessoa!
A Bíblia jamais dera respaldo para o comodismo, pois até mesmo Adão após receber o folego de vida, recebeu também a incumbência de cuidar do jardim, mesmo que ele não precisasse plantar regar as plantas ou qualquer outra atividade sinônima a essas, contudo, Adão  não podia acomodar-se mesmo vivendo num paraíso ,ainda que fosse uma situação favorável a isso (Gn 2:15), todos os dias chegavam animais aos seus pés para que esse lhes desse nomes (Gn. 2:20). Sendo assim, o comodismo é abominável a Deus, pois Ele mesmo continuamente está disponibilizando a nós, seres humanos, situações de desafios e conquistas (Josué 1:9), renome (I Reis 4:34), riqueza  e honra (Pv. 22:4) e  sabedoria (Pv. 24:3).
Quando fazemos uma leitura minuciosa do livro de Êxodos, vemos em primeiro plano, um cuidado especial com o povo, pois as situações pós-saída de Israel do Egito seria de total dependência de Deus e serviria de vitrine para Jeová mostrar seu poder ao seu povo para que esse pudesse crer n’Ele através de Seus sinais; As dez pragas, a passagem pelo meio do Mar Vermelho a pés enxutos e a coluna de fogo a noite para aquecer o povo por causa do frio e a nuvem de dia para protegê-los do sol escaldante .Nesse momento Ele mostra Poder e Presença, suprindo toda e qualquer necessidade de seu povo [Êxodos. 14:18,24],Outrossim, em  SEGUNDO PLANO, como no deserto não havia como cultivar se quer uma planta, porque nem agua nem terreno apropriado para o cultivo existiam ali ,enviou Deus alimento do céu para o povo, mana e codornizes  [Êxodos. 16].Porem, quando ao povo era derramando do céu o maná, eles precisavam colher o necessário (V.v.4),isso significa dizer para que o povo não se acomodasse, serviria como forma de esforço próprio. No versículo 19 do mesmo capitulo 16, vemos uma recomendação para que o povo colhesse apenas o suficiente para cada família, e as pessoas deveriam no dia seguinte, colher novamente o alimento. Deus, como  conhecedor da índole do homem e sua propensão ao comodismo, exigiu tal esforço daquele povo [Êxodos 16:20].
Até aquele período, deus se responsabilizava pela alimentação e bem estar dos israelitas. No entanto, chegara o tempo do povo começar as suas próprias conquistas, pois após a morte de Moises, Deus chama um novo líder para dirigir o povo, nesse caso, Josué. A priori, o Senhor dá-lhe uma recomendação: “não te mandei Eu? Esforça-te e tem bom animo”... Js 1:9 a .Isso quer dizer que deus exige do homem que queira ter alguma conquista na vida , deve  no mínimo esforçar-se!
O comodismo é o motivo de vermos multidões de pessoas derrotistas, depressivas, frustradas, enganando-se a si mesmas e aos outros com falsas modéstias quando dizem: “ a vida é assim mesmo”, ou ainda “Deus me fez assim” , quero aqui refutar essas afirmações e dizer que Deus nos criou seres produtivos e que não deve ter medo de tentar usando os dons que Ele  nos deu (Js. 1:9).todo covarde , tímido e comodista não herdará o ceu, pois o reino de Deus é feito de conquistas e desafios (Ap. 21:7,8;Luc. 1:62).Portanto, seja em qualquer área de sua vida , para  alcançar algo e conquistar objetivos , necessariamente não deve jamais acomodar-se à situação de imobilidade, pois todo esforço tem uma recompensa (2Co. 9:10).
Assim , com esse primeiro capitulo, quero recomendar a você que afaste-se do ostracismo e do comodismo! Levanta-te pois nasce agora uma nova luz sobre tua vida, a Luz de Deus está sobre ti (Is. 60:1).
È hora de você vencer querido (Ap. 21:7)  !



quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Que as Testemunhas de Jeová Não Querem Que Saibamos Acerca de Beth-Sarim


O Que as Testemunhas de Jeová Não Querem Que Saibamos Acerca de Beth-Sarim

Kent Steinhaug

Em 1926, sob a liderança de Joseph F. Rutherford, a Watch Tower Bible & Tract Society comprou dois lotes de terreno: o lote Cento e Dez (110) e o lote Cento e Onze (111), em Kensington Heights, unidade n.º 2, no Condado de San Diego, Estado da Califórnia.
Isto em si mesmo não parece estranho. O que é estranho é a razão porque estes lotes foram comprados. Os dois lotes foram comprados para construir uma mansão, mas não era uma mansão qualquer, era uma mansão chamada Beth-Sarim (expressão hebraica que significa "Casa dos Príncipes").
Então qual era o propósito que motivou a construção de Beth-Sarim? Rutherford e todos os que o seguiam acreditavam numa profecia da Watchtower que dizia que em 1925 todos os homens mencionados no livro bíblico de Hebreus, capítulo 11, seriam ressuscitados:
"Podemos esperar confiantemente que 1925 assinalará o regresso de Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas da antiguidade, em especial aqueles mencionados pelo Apóstolo em Hebreus capítulo onze, à condição de perfeição humana." (Millions Now Living Will Never Die [Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão] (1920), pp.88-90)
Watchtower [Sentinela] declarou em 1922 que "esta cronologia não é do homem, mas de Deus." (The Watchtower [A Sentinela], 17 de Julho de 1922, p.217)
Portanto, se foi Deus quem a pronunciou, essa profecia deveria ser capaz de passar no teste de um verdadeiro profeta, apresentado em Deuteronómio 18:21, 22, que diz:
E se disserdes no vosso coração: como saberemos a palavra que o Senhor falou? Quando um profeta falar em nome do Senhor, se a coisa [predita] não acontecer, nem se verificar, essa é a coisa que o senhor não falou, mas o profeta falou-a presunçosamente: não deveis ter medo dele.
Quando a profecia não se cumpriu, em 1925, a Watchtower admitiu: "Pode não acontecer. No seu devido tempo Deus cumprirá os seus propósitos a respeito do seu próprio povo." (The Watchtower [A Sentinela], 1.º de Janeiro de 1925, p.3)

Beth-Sarim
Assim, em 1930 a Watchtower construiu Beth-Sarim como um testemunho da fé que eles tinham de que Deus cumpriria essa profecia e como um lugar para os homens mencionados em Hebreus capítulo 11 poderem governar o Reino Teocrático de Deus desde o Armagedom em diante. O "Juiz" Rutherford convenientemente incluiu o nome dos príncipes no nome que deu à casa ["Beth-Sarim" significa "Casa dos Príncipes" em hebreu] e na escritura pública de Beth-Sarim de modo que ele e os seus assistentes pudessem viver na mansão palacial até à sua morte ou até ao regresso dos homens mencionados no livro bíblico de Hebreus. Quando estes voltassem, era suposto que a propriedade lhes seria entregue pelo resto da eternidade, para que eles vivessem nela e governassem com uma presença visível no Paraíso.
No título e escritura da propriedade, com a data de 24 de Maio de 1926, é dito o seguinte:
"A condição aqui expressa é que a acima mencionada WATCHTOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY conservará o título mencionado, PERPETUAMENTE, para uso de todo e qualquer dos homens acima mencionados como representantes do Reino de Deus na terra." [ênfase acrescentada]
Noutra parte do título, diz-se:
"Esta propriedade foi adquirida e foram feitos nela melhoramentos a pedido e sob a direcção do acima mencionado Joseph F. Rutherford e foi dedicada a Jeová Deus e ao Seu Rei Cristo, que é o governante legítimo da terra, e para o propósito expresso de ser usada por aqueles que são servos de Jeová Deus. Por esta razão, é feita a provisão nesta escritura de que a propriedade será usada PARA SEMPRE no propósito sujeito a qualquer incumbência que possa ser colocada sobre ela." [ênfase acrescentada]
Portanto, segundo as declarações acima, que constam no título e escritura da propriedade, a Watchtower Bible and Tract Society ainda devia ter em seu poder hoje o Lote 110 e o Lote 111, nos quais Beth-Sarim foi construída, certo?
Joseph F. Rutherford faleceu no dia 8 de Janeiro de 1942. Pouco tempo depois, Beth-Sarim foi vendida e já não pertence à Watchtower Bible and Tract Society.
Será que acontecimentos com esta importância, relacionados com a Sociedade, podem ser esquecidos tão facilmente? Podem ser tão facilmente varridos para debaixo do tapete? Ou será que o caso foi apenas "outro erro" cometido por "homens imperfeitos"?
Parece que é assim que a Watchtower pensa. Até agora, ainda não encontrei nenhuma TJ que soubesse da existência de Beth-Sarim antes de eu a ter informado [N. do T.: isto foi provavelmente escrito antes de 1993.] A Watchtower já há muito tempo que tem sido bem sucedida em encobrir e apagar os seus "erros" embaraçosos. Não só tentou esconder os factos, mas chegou mesmo a mentir descaradamente para esconder os detalhes embaraçosos. No livro Testemunhas de Jeová -- Proclamadores do Reino de Deus (publicado em 1993), p.76, a Watchtower escreveu:
"Casa dos Príncipes"
O irmão Rutherford contraiu uma pneumonia aguda depois de ser solto em 1919 de encarceramento injusto. Após isso, ele só tinha um pulmão sadio. Nos anos 20, sob tratamento médico, ele foi a San Diego, Califórnia, e o médico instou com ele para que passasse tanto tempo quanto possível ali. Desde 1929, o irmão Rutherford passava os invernos trabalhando numa residência em San Diego que ele chamara de Bete-Sarim. A construção de Bete-Sarim foi realizada com fundos contribuídos diretamente para esse fim. A escritura, publicada na íntegra na revista "Golden Age" de 19 de março de 1930, transferia essa propriedade a J. F. Rutherford e depois à Sociedade Torre de Vigia, dos EUA.
Sobre Bete-Sarim, o livro "Salvation" ("Salvação"), publicado em 1939, explica: "As palavras hebraicas 'Bete-Sarim' significam 'Casa dos Príncipes'; e o intento de adquirir essa propriedade e edificar a casa foi para que houvesse alguma prova tangível de que existem pessoas na terra actualmente que acreditam plenamente em Deus e em Cristo Jesus e em seu reino, crendo que os fiéis da antiguidade serão brevemente ressuscitados pelo Senhor, voltarão à terra e se encarregarão dos negócios visíveis da terra."
Aqui a Watchtower explica cuidadosamente que a escritura de Beth-Sarim transferiu essa propriedade para Rutherford, o que é uma mentira. A casa foi registada em nome de Davi, Jefté e outros indivíduos do Velho Testamento -- que era suposto ressuscitarem em San Diego, Califórnia, em 1925! Mais tarde a Watchtower vendeu a mansão -- coisa que tinham dito (na escritura da propriedade) que nunca fariam, porque era suposto a casa ser "uma testemunha por toda a eternidade."
De facto, a casa tem sido uma "testemunha" -- uma testemunha da loucura da Watchtower e do seu presidente alcoólico, Rutherford.
Portanto, este artigo foi escrito como um lembrete oportuno, para as Testemunhas de Jeová que não conhecem o caso e para as pessoas que as Testemunhas tentam recrutar.
Deuteronómio 18:22 diz:
"Quando um profeta falar em nome do Senhor, se o que ele disser não acontecer, nem se verificar, essa é a palavra que o Senhor não falou, mas foi o profeta que falou presunçosamente: não tenhais medo dele.
Este versículo das escrituras diz que se a profecia falhar, é algo que o Senhor NÃO falou! O texto não diz nada acerca de admitir que se cometeu um erro, nem diz nada acerca de os homens serem imperfeitos. A única coisa que diz é isto: Se a profecia não se cumpriu, então foi uma FALSA PROFECIA!

Pr José Satiro Prega e Profetiza - nos 96 Anos da Assembleia de Deus em...

terça-feira, 12 de junho de 2012

Guilerme de Padua

20 anos após ser condenado por matar a atriz Daniella Perez, o ex-ator Guilherme de Pádua, que nunca revelou, publicamente, sua versão dos fatos, concedeu entrevista exclusiva ao Jornal CORREIO, no sábado, dia 19. Obreiro na Igreja Batista, da Lagoinha, em Belo Horizonte, Guilherme abriu o coração à nossa Reportagem e contou sobre a vida durante os seis anos, nove meses e 20 dias de prisão, o momento em que pensou em desistir da vida, a rejeição das pessoas, o arrependimento e a crucial mudança em sua vida. 
Na noite do sábado, Pádua ministrou um culto na Igreja Assembleia de Deus, no bairro Rochedo. “Entre seguir sair criminoso da prisão e ter uma mudança de vida, optei pela conversão, pelo caminho de Deus. A Bíblia também nos ensina que tem uma coisa, que é pior do que o pecado: a falta de arrependimento. Vim mostrar para as pessoas como um cara tão desviado e tendente às coisas vazias tornou-se tão apaixonado por Jesus Cristo”, afirmou.

Jornal CORREIO: Como foi a sua vida na prisão?
Guilherme de Pádua: Foram muitos momentos diferentes porque a prisão não é sempre a mesma coisa. Um dia está tudo bem, outro dia está tudo horrível e você corre perigo. Um dia você tem comida, assiste à televisão e, no outro, não tem nem uma roupa pra vestir. Muito difícil. 

Jornal CORREIO: Na prisão, você recebia muitas visitas?
Guilherme de Pádua: Além da minha família, eu recebia várias visitas de pessoas que faziam o trabalho de capelania. No meu primeiro dia de prisão, recebi a visita de uma senhora que, na verdade, nem cheguei a ver. Ela levou uma grande cesta, uma carta com uma mensagem de esperança e uma pequena Bíblia, que vinha dentro de um envelope. A porta da delegacia estava repleta de pessoas revoltadas e, por um momento, eu acreditei que tinha tudo acabado. Muitos irmãos pagaram um alto preço de esperar debaixo do sol e tirar um dia da sua semana para visitar aqueles que a sociedade tem como vermes. A princípio, é claro que eu queria debater com eles, mostrar as minhas opiniões, mas, aos poucos, fui me deixando tocar por aquelas verdades que eles diziam. 

Jornal CORREIO: Você tornou-se evangélico. Já havia tido contato com a religião antes?
Guilherme de Pádua: Eu não tinha um contato aproximado com a Palavra de Deus. Na verdade, eu tinha pena e preconceito dos evangélicos. Geralmente, a mídia é contrária aos cristãos evangélicos. Houve um tempo em que era pior, há cerca de 15 anos. Hoje vejo que foi um grande engano pensar assim. Os evangélicos procuram seguir os valores, que trazem resultados positivos para a vida. Sinto muito pesar por não ter conhecido antes. Quando você crê em Jesus e na Palavra de Deus, recebe grandes bênçãos por seguir essa Palavra. Estou há 13 anos na Igreja Batista da Lagoinha (antes eu já havia me convertido). Vou aprendendo as coisas e vendo que eu não tinha nenhum conhecimento; era uma criança. É como se eu tivesse nascido de novo. 

Jornal CORREIO: Como você lida com a rejeição das pessoas?
Guilherme de Pádua: No início, me isolei muito; não saía de casa. Enfrentei inúmeras situações desagradáveis, de levar cuspida ‘na cara’, por exemplo. Se eu tivesse morrido estaria tudo resolvido, mas como a gente tem que ganhar o pão de cada dia e seguir em frente, acaba tendo que enfrentar essas coisas. Talvez, se eu tivesse condição de me isolar eu continuaria me isolando porque seria mais cômodo, mas procuro entender a rejeição (ela existe ainda, não sei se diminuiu). Essas pessoas poderão ser sempre assim, ou não. Procuro tratar todos com respeito e chego aos lugares objetivamente. Evito guardar isso no meu coração. Sempre penso que se tivesse no lugar dessa pessoa, talvez eu estaria fazendo a mesma coisa; não daria chance. O ser humano em si tem uma tendência muito grande de querer pisar em quem está caído. Às vezes descarrega as frustrações que ele mesmo tem no momento em que discrimina, condena, julga ou faz uma fofoca sobre uma desgraça que acontece na vida de alguém. Eu sou foco disso, às vezes, porque as pessoas ficam torcendo para verem a minha desgraça. 

Jornal CORREIO: Você acreditava que sairia vivo do presídio?
Guilherme de Pádua: É um milagre as coisas que estão acontecendo na minha vida; eu conseguir conviver com a rejeição e obter tanta positividade, apesar disso. Ninguém acreditava que eu sairia vivo do presídio. Eu me lembro que, quando eu cheguei lá, onde havia mais de 1000 pessoas, e a notícia circulou, senti o prédio tremer e eles começaram a gritar “demorou”. Pensei que dessa eu não sairia vivo. Aprendi que Deus tem um propósito na vida de todas as pessoas. Ele não ama mais uma pessoa do que outra, mesmo sendo o pior pecador. Se fosse assim, Jesus não teria se doado da maneira como se doou. Jesus fez questão de dizer que veio para as pessoas que necessitam de uma mudança de vida, de caráter, se arrepender e considerar que precisam ter um ‘novo nascimento’, como a Bíblia diz. A Palavra de Deus mostra que tem oportunidade sim para o pecador, para o criminoso, desde que ele mude de vida. 

Jornal CORREIO: Quando você se deu conta de que estava arrependido?
Guilherme de Pádua: A Bíblia também nos ensina que existe uma coisa, que é pior que o pecado: a falta de arrependimento. Todos precisam de Jesus. Essa afirmação parece muito forte, principalmente vindo do Guilherme de Pádua. Não estou dizendo que sou igual a vocês, de jeito nenhum, mas, de certa forma, a pessoa que errou muito tem maior facilidade de reconhecer que precisa mudar. As que erram pouco tendem a continuar praticando os mesmos erros e a encontrar justificativas para isso. Desde o momento em que você se dá conta de que fez algo terrível, bate uma tristeza, um remorso e, imediatamente, você quer voltar no tempo e não ter feito aquilo. Mas o arrependimento, como diz o meu pastor, Márcio Valadão, é você mudar de caminho, de atitude. 

Jornal CORREIO: Já pensou em desistir da vida?
Guilherme de Pádua: Eu tinha desistido desde o meu primeiro dia na prisão; pensei em morrer. Até que um dia alguém veio e plantou uma semente no meu coração. Essa semente foi crescendo e criando raízes. Mas agora, podem fazer o que quiserem, mas eu não abro mão de Deus, de Jesus. Não estou dizendo isso para comover ninguém, pelo contrário, sei que vão falar que, depois de ter feito o que fiz, virei crente. Mas o que as pessoas falarem ou pensarem também não significa nada porque, no final, ou eu vou para junto do Pai ou eu não vou. 

Jornal CORREIO: O que você falaria, caso encontrasse com Glória Perez?
Guilherme de Pádua: Nunca encontrei com ela, depois que saí da prisão. Sei que ela não querer me ver ‘nem pintado de ouro’, mas eu e muitas pessoas oramos pela vida dela. Não tenho nem ideia do que falaria. Tentaria encontrar algo para dizer, que pudesse diminuir a dor, mas essa é uma situação que só a intervenção de Deus poderia encaminhar. 

Jornal CORREIO: Você acha que pagou pelo que fez?
Guilherme de Pádua: Não tenho ideia do que é isso. Eu paguei aquilo que a lei mandou. Uma pessoa causou dor e então tem que sentir dor também? Alguém que esteve envolvido na morte de uma pessoa tem que morrer? O meu sofrimento continua até hoje. Talvez se tivesse tido uma pena de morte, o meu sofrimento teria acabado. Sofro perseguição há 20 anos. Quantos outros condenados por homicídio estão andando por aí e tendo suas vidas normais? Se formos pensar por esse lado, eu pago mais do que qualquer outro. Entende como é louco pensar nisso? Agora, se for pensar na dor de uma mãe, na perda de uma vida, tem como pagar? Às vezes, nem se eu morresse. Mas será que a gente tem que pagar? O fato de mudar e não se envolver mais nas mesmas coisas já não seria um bom resultado? Você preferia que todos os prisioneiros sofressem torturas diárias durante 10 anos e, depois de cumprida a pena, voltassem criminosos para a sociedade, ou que eles mudassem e tornassem pessoas restauradas?

Jornal CORREIO: Por que você não comenta mais sobre o crime?
Guilherme de Pádua: Quero trazer à memória as coisas que me dão esperança. As pessoas têm sede de ficar sabendo e, mesmo se eu falasse, não acreditariam. É “chover no molhado”. Às vezes falo com advogados baseado em provas, mas evito ficar tentando provar, mesmo porque, pela lei, eu cumpri a pena. Não preciso ficar dando satisfação disso. Por que as pessoas não atormentam quem não cumpriu? Tem gente que nunca foi parar na cadeia, podemos fazer uma lista rápida de 50 nomes. Por que perseguir quem “cumpriu o que a cartilha mandou”? Se a Justiça dissesse que eu deveria perder um braço, eu estaria aqui sem um braço. Se falasse que eu tinha que morrer, eu não estaria mais aqui. Em nenhum momento eu fui contra o que a Justiça mandou. 

Notícias Cristãs com informações do Jornal Correio da Cidade